No dia 29 de novembro, a Biblioteca Municipal Álvaro de Campos, em Tavira, foi palco da 14.ª Reunião Intergovernamental da Dieta Mediterrânica, um encontro que reuniu representantes de sete países e comunidades envolvidas na candidatura que, em 2013, obteve o reconhecimento da Dieta Mediterrânica como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO.
A sessão marcou o término da presidência portuguesa da rede e contou com a participação presencial de delegações de Tavira (Portugal), Brac (Croácia), Cilento (Itália) e Chefchaouen (Marrocos). As comunidades de Agros (Chipre), Soria (Espanha) e Koroni (Grécia) participaram virtualmente, garantindo a representação plena das partes envolvidas.
Durante a reunião, foi apresentado um balanço das atividades realizadas pelos sete países ao longo de 2024, com foco na continuidade das iniciativas para reforçar a cooperação e a promoção da Dieta Mediterrânica. A Associação “In Loco” e a Universidade do Algarve apresentaram os resultados dos Planos Regionais de Salvaguarda, tanto do período anterior (2018-2021) como do atual (2023-2027), destacando avanços significativos no âmbito das práticas tradicionais e da valorização cultural. Além disso, foi acordado o desenvolvimento de um Plano de Salvaguarda conjunto, que será implementado por todos os países envolvidos.
Um dos momentos de maior simbolismo foi a passagem da coordenação da rede para Chefchaouen, em Marrocos, que assumirá a liderança durante 2025, dando continuidade aos esforços de salvaguarda e valorização deste património imaterial.
No contexto deste evento, foi ainda inaugurada a exposição “Celebrações e Sabores da Dieta Mediterrânica”, uma mostra que ilustra festas tradicionais de cada uma das sete comunidades representadas. A exposição estará aberta ao público na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos até ao dia 30 de dezembro, oferecendo uma oportunidade para explorar a riqueza cultural e gastronómica associada a este estilo de vida.
Esta reunião sublinhou o compromisso conjunto das sete comunidades em preservar e promover a Dieta Mediterrânica, um património cultural de valor incalculável, reconhecido tanto pelos seus benefícios para a saúde como pela sua contribuição para a sustentabilidade ambiental. Este modelo de vida surge como resposta aos desafios globais relacionados com a saúde pública e as alterações climáticas, reforçando a sua relevância no contexto atual.