O município de Loulé é um dos signatários do Acordo “Cidade Verde”, tendo sido esta terça-feira, 21 de setembro, confirmada a adesão formal da Autarquia a este movimento europeu.
Considerando que mais de 70% da população deste continente se concentra em áreas urbanas, e numa altura em que são muitos os desafios ambientais que se colocam à Humanidade, especialmente em termos do impacto das alterações climáticas e da capacidade de resiliência e de adaptação a estas, a União Europeia (UE) lança este projeto com o objetivo de, até 2030, tornar as cidades mais verdes, limpas e saudáveis.
“Em 2030, as cidades serão locais atrativos onde viver, trabalhar e investir, e irão contribuir para a saúde e o bem-estar dos europeus. Todos os europeus irão respirar ar limpo, desfrutar de água limpa, ter acesso a parques e espaços verdes, e estar sujeitos a menos ruído ambiente. A economia circular tornar-se-á uma realidade e os resíduos serão minimizados, graças a uma maior reutilização, reparação e reciclagem”, consideram os responsáveis da Comissão Europeia.
Pretende-se unir presidentes de câmaras municipais e líderes de governos locais da UE em torno de uma visão comum do futuro urbano, tendo em conta cinco áreas-chave da gestão ambiental: Ar, Água, Natureza e Biodiversidade, Economia Circular e Resíduos, e Ruído. Outros dos agentes envolvidos, que terão uma participação neste desiderato, serão a sociedade civil, as autoridades regionais (incluindo outros governos locais), autoridades nacionais, instituições da UE, entidades do setor privado e instituições académicas.
Com a definição de metas específicas para o seu território, Loulé irá incorporar políticas e programas que irão contribuir para alcançar as metas definidas. Posteriormente, a autarquia passará a monitorizar e reportar a cada três anos à UE, os progressos realizados em cada área-chave, através de uma plataforma online.
O trabalho traçado pelo município Loulé será uma continuação e reforço das ações que, ao longo dos últimos anos, têm sido levadas a cabo no concelho e que passam, por exemplo, pela redução do consumo de energia através do apoio à utilização de bicicletas e veículos elétricos; melhoria da eficiência energética de equipamentos/infraestruturas; instalação de energias renováveis; redução das perdas de água ao longo da rede de abastecimento; recuperação do funcionamento dos ecossistemas aquáticos urbanos; sensibilização para a importância da água para a saúde e bem-estar humanos e para a economia circular; aumento da extensão e/ou da qualidade das infraestruturas verdes urbanas; prevenção da introdução e expansão de espécies exóticas invasoras em áreas urbanas; melhoria e extensão dos sistemas de recolha seletiva de resíduos; ou a eliminação da poluição causada por plásticos.
Esta adesão constituirá uma mais-valia não pela oportunidade de acesso a fundos comunitários, mas por constituir um meio para moldar as políticas ambientais da UE, pela partilha de experiências com outros parceiros da rede, pela transparência, responsabilidade e credibilidade junto da comunidade, e ainda por possibilitar visibilidade e reconhecimento a nível europeu pelas ações realizadas em prol do ambiente.
“Estamos 100% em sintonia com este projeto até porque Loulé tem tido um papel reconhecido por todos no que toca ao ambiente. Estivemos na vanguarda das questões ambientais e na resposta às alterações climáticas. Fomos, desde logo, uma das 26 autarquias do país pioneiras a definir uma Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas, um processo iniciado em 2015, no âmbito do Programa Adapt, e que está já a dar frutos. Este acordo será, portanto, um acentuar dessa implicação que Loulé tem tido.”, sublinha o autarca Vítor Aleixo.