A Câmara Municipal de Braga está a preparar-se para anunciar um concurso público com o objetivo de promover a musealização das ruínas arqueológicas da Ínsula das Carvalheiras, bem como para estabelecer um Centro de Interpretação e desenvolver a zona envolvente. A matéria será discutida durante a Reunião do Executivo Municipal que acontecerá na segunda-feira, 10 de julho, no gnration.
Após mais de duas décadas de pesquisa, a colaboração entre a Câmara Municipal de Braga e a Universidade do Minho finalizou o projeto que possibilitará a valorização e musealização das ruínas arqueológicas, preparando-as para visitação pública. O projeto, que terá um período de realização de 18 meses, representa um investimento de 3,3 milhões de euros.
Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, acredita que a Ínsula das Carvalheiras se tornará um ponto turístico imperdível, trazendo um enorme benefício para a cidade. "Este local será um espaço de apreciação não só para aqueles que aqui residem, mas também para todos os habitantes da nossa cidade que, certamente, desfrutarão das condições extraordinárias asseguradas no projeto", enfatiza o Autarca.
Este projeto é visto como uma ferramenta de regeneração urbana, representando uma "aposta clara na valorização patrimonial e é um exemplo de uma parceria constante com a Universidade do Minho", destaca Ricardo Rio. Além disso, a cidade passará a contar com um parque verde no centro, que será aproveitado por todos os cidadãos.
A Ínsula das Carvalheiras oferecerá uma experiência imersiva no tempo, com a instalação de um Centro Interpretativo moderno e tecnológico e um percurso até o interior deste espaço que representa um importante legado romano. O projeto não só contempla o aspecto arqueológico, como também a criação de um parque urbano junto às ruínas, proporcionando aos cidadãos a fruição qualificada do espaço e o desenvolvimento de atividades culturais e de lazer.
A cidade ganhará, assim, um vasto espaço patrimonial, musealizado e aberto ao público, que será um recurso de grande valor histórico e cultural, autenticamente emblemático da origem romana de Braga, capaz de ajudar a reforçar a sua identidade e a diferenciar a oferta cultural da cidade.
Importa salientar que o projeto é da autoria de Alejandro Beltran-Caballero e Ricardo Mar, dois arquitetos com vasta experiência em arqueologia e na musealização de vestígios romanos.