A grande amplitude geográfica e diversidade das sonoridades voltam a ser a imagem de marca do cartaz do Festival MED, apresentado este sábado à Imprensa com o anúncio das 33 bandas que irão atuar nos palcos principais.
De 30 de junho a 3 de julho, para celebrar o 18.º aniversário e assinalar o regresso à “normalidade”, as propostas musicais que irão passar pelos palcos da Matriz, Cerca, Castelo e Chafariz prometem manter a essência do evento e proporcionar ao público uma experiência única e inesquecível.
Albaluna (Portugal), Aline Frazão (Angola), Anthony B (Jamaica), Ayo (Alemanha/Nigéria), Bombino (Níger), Chico Trujillo (Peru), Criatura (Portugal), Eletric Jalaba (Marrocos/Reino Unido), Eskorzo (Espanha), Expresso Transatlântico (Portugalt), Ghuetto Kumbé (Colômbia) Go_A (Ucrânia), Gyedu-Blay & His Sekondi Band (Gana), Ikoqwe (Portugal/Angola), Johnny Hooker (Brasil), Júpiter & Okwess (República Democrática do Congo), Mallu Magalhães (Brasil), Manou Gallo (Costa do Marfim), Maro (Portugal), N3rdistan (França/Marrocos), Nancy Vieira (Cabo Verde), Noiserv (Portugal), Noura Mint Seymali (Mauritânia), O Gajo (Portugal), Oum (Marrocos), Plasticine (Portugal), RE:Imaginar BANDA Monte Cara (Cabo Verde), Rodrigo Cuevas (Espanha), Scúru Fitchadú (Portugal/Angola), Shkoon (Síria/Alemanha), Sylva Drums (Portugal), Vítor Zamora & Sexteto Cuba (Portugal/Cuba), Viviane (Portugal) são os artistas que irão celebrar a “maioridade” do Festival MED já que que este ano passam 18 anos desde o seu nascimento, em 2004.
Depois de um ano de interregno e de uma edição especial mais curta – o interMEDio –, o diretor do Festival, Carlos Carmo, acredita que 2022 marcará um regresso em força, com uma grande adesão da parte do público, não só porque “as pessoas estão sedentas desta sensação de liberdade após dois anos de medidas de restrição” mas sobretudo pelo alinhamento musical. “É um cartaz muito forte, muito heterogéneo, abarca muitas sonoridades e cumpre o objetivo de ir a vários pontos do globo, mantendo a sua faceta original de andar muito à volta da Bacia do Mediterrâneo”, explica Carlos Carmo, que destaca a “forma cuidada como o festival foi programado”.
À semelhança dos anos anteriores em que a organização introduziu um país novo no cartaz, pela primeira vez a Mauritânia estará representada no MED, e esta estreia será feita através da voz da voz de Noura Mint Seymali.
O coletivo de Cabo Verde RE:Imaginar Banda Monte Cara, projeto recente que recria o mítico Monte Cara, o primeiro espaço em Lisboa da cultura cabo-verdiana, é um dos nomes sonantes deste alinhamento até porque Loulé será praticamente o palco de estreia. “Apenas fizeram uma primeira apresentação num clube em Lisboa para perceber as dinâmicas mas será aqui que farão aqui a sua estreia ao vivo”, adianta o diretor do MED. E destaca ainda o nome de Maro, a vencedora do Festival da Canção que já tinha confirmado a sua presença em Loulé ainda antes desta participação que a tornou mais conhecida. O encerramento do Festival será também um dos momentos únicos que Carlos Carmo acredita será inesquecível. “Terminaremos com um nome louletano, Sylva Drums, um DJ de Loulé que desafiámos a criar um projeto específico para encerrar o Festival e que, a seu lado no palco, terá mais de duas dezenas de performers “.
No total o casco medieval da cidade receberá nestes quatro dias 90 horas de música, 66 concertos e mais de 300 músicos de bandas de 21 nacionalidades que irão atuar em 12 palcos. O restante cartaz será anunciado no final de maio, durante um segundo momento de apresentação a ter lugar no Cineteatro Louletano. Mas não serão só as novidades no campo da música que estarão em destaque nesse dia. Até porque, apesar do enfoque nas músicas do mundo, o MED é um evento “que tem outras disciplinas que queremos cada vez mais valorizar e é isso que vamos fazer este ano”, garante Carlos Carmo, referindo-se a Poesia, Teatro, Cinema, Gastronomia, Artesanato, Artes Plásticas, Performances. “Este ano teremos muitas novidades, não só ao nível dos espaços mas também porque vamos saltar fora dos muros do festival, com várias parcerias com os promotores locais, como a Casa da Cultura. Iremos ter iniciativas não só a decorrer durante o Festival mas também antes e depois”, adianta.
E em termos patrimoniais e do espaço público estão previstas algumas surpresas para os visitantes: “Vamos poder usufruir do grande trabalho de reabilitação que o Centro Histórico tem vindo a ter e surpreender muita gente!”.
Recorde-se que nas 17 edições já passaram pelo festival 576 bandas, em representação de 52 países. O MED conta com 40 nomeações para os Iberians Festival Awards e recebeu 6 galardões: Melhor Festival de Média Dimensão da Península Ibérica, em 2017 e 2018; Melhor Promoção Turística (Portugal), em 2018 e 2020; Contributo para a Sustentabilidade na Península Ibérica, em 2019; Melhor Festival Lusófono e Hispânico da Península Ibérica, em 2020. O Festival MED é um evento “totalmente organizado e financiado pelo Município de Loulé”.
A par da componente cultural e de entretenimento, este evento é promotor da dinâmica económica e turística do concelho de Loulé. “40% dos visitantes do Festival são turistas estrangeiros e destes 39% já escolhem vir para o Algarve porque existe naquela altura o Festival MED”.