Na próxima quarta-feira, 1 de dezembro, Loulé assinala um dos momentos marcantes da História de Portugal, a Restauração da Independência do país após domínio filipino, efeméride que este ano celebra 381 anos.
O programa comemorativo tem início pelas 10h00, na Praça D. Afonso III, junto à muralha do Castelo de Loulé, com o hastear da Bandeira Nacional ao som do Hino Nacional interpretado pela Banda Filarmónica Artistas de Minerva.
Às 10h15, à porta da Ermida de Nossa Senhora da Conceição, local onde se encontra a lápide evocativa do “voto de ação de graças” de D. João IV, o executivo municipal irá depositar flores na fachada deste edifício eclesiástico localizado na Zona Histórica de Loulé e o Presidente fará uma breve intervenção alusiva à celebração.
Às 10h30, terá lugar a palestra “Como foi vivida a Restauração da Independência em Loulé”, apresentada pela investigadora de História local, Luísa Martins. Neste momento será feita a leitura evocativa das Atas de Vereação e dos nomes dos homens que representaram o concelho nas Cortes de 1641. O programa encerra com mais uma palestra; Ricardo Louro irá falar sobre “A Ermida de Nossa Senhora da Conceição, uma visita pela História e pela Arte”. Elemento patrimonial de referência, esta Ermida data de meados do século XVII. A sua construção terá sido iniciada em 1656 na sequência dos desígnios de D. João IV que consagrou Nossa Senhora da Conceição como padroeira de Portugal e ordenou que se colocasse às entradas das vilas e cidades uma lápide evocativa da Restauração da Independência.
A Restauração da Independência é o nome que se dá ao golpe de estado revolucionário ocorrido a 1 de dezembro de 1640, chefiado por um grupo designado de “Os Quarenta Conjurados”, e que se alastrou por todo o reino, pela revolta dos portugueses contra a tentativa da anulação da independência do Reino de Portugal pela governação da dinastia filipina castelhana.
Esta data relembra a ação de nobres portugueses, que a 1 de dezembro de 1640 invadiram o Paço Real e mataram Miguel de Vasconcelos, o representante da Espanha em Lisboa. O golpe culminou com a instauração da 4.ª Dinastia Portuguesa — a Casa de Bragança — com a aclamação de D. João IV.
A Restauração da Independência foi o culminar de um período de grande descontentamento por parte da população portuguesa com a União Ibérica que teve a duração de 60 anos (de 1580 a 1640).