Uma estação meteorológica, para monitorização das alterações climáticas e dos impactos nas comunidades locais, foi instalada esta manhã em Setúbal, no âmbito de um projeto ambiental liderado pela Área Metropolitana de Lisboa.
O equipamento, instalado na cobertura do Edifício Ciprestes, onde funcionam alguns serviços da Câmara Municipal de Setúbal, é uma das ações do projeto Clima.AML – Rede de Monitorização e de Alerta Meteorológico Metropolitano, implementado com o objetivo de reduzir a vulnerabilidade da região às alterações climáticas.
A estação meteorológica permite a recolha, em tempo real, de medições precisas relacionadas com diferentes fatores climáticos, nomeadamente temperatura, precipitação, humidade, pressão atmosférica, direção e intensidade do vento e radiações solar e ultravioleta.
Os dados recolhidos por este equipamento, um dos 18 a instalar na rede de municípios da Área Metropolitana de Lisboa e que funcionam em complementaridade com a rede do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, são partilhados numa plataforma online integrada de acesso livre, a criar igualmente no âmbito deste projeto.
Esta nova rede de estações meteorológicas, que procura conhecer e analisar padrões associados às alterações climáticas em contexto urbano na região e os respetivos impactes nas comunidades, com o objetivo de reduzir vulnerabilidades, é enquadrada no Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas.
Além da instalação das estações meteorológicas nos municípios da Área Metropolitana de Lisboa e da criação de uma plataforma digital com os dados monitorizados, o Clima.AML conta com ações como a colocação de nove microssensores para recolha de informação para o estudo do fenómeno de ilhas de calor urbano.
Este projeto, em curso desde o início do ano e com ações programadas até ao primeiro semestre de 2023, contempla ainda a elaboração de estudos sobre a ocorrência de fenómenos meteorológicos amplificáveis em contexto de alterações climáticas e sobre a chamada ilha de calor urbano, o efeito que as áreas urbanas, em comparação com as rurais, originam na temperatura do ar.
Estão igualmente previstas ações de formação sobre monitorização climática, adaptação às alterações climáticas e planeamento urbano, assim como a criação de metodologias para o processo de monitorização de indicadores climáticos, a par de conteúdos formativos dirigidos à comunidade escolar sobre alterações climáticas.
O projeto Clima.AML – Rede de Monitorização e de Alerta Meteorológico Metropolitano é desenvolvido no âmbito do programa Ambiente, Alterações Climáticas e Economias de Baixo Carbono, sendo operado pela Secretaria-Geral do Ambiente e da Ação Climática e financiado pelos EEA Grants 2014-2021.