Outubro traz um cartaz pleno de atividades na principal sala de espetáculos de Loulé, um dos espaços culturais de referência a sul do Tejo, o Cineteatro Louletano.
O mês arranca com um extraordinário concerto da cantora Amélia Muge e do pianista Filipe Raposo. O espetáculo chama-se “No fio dos versos” e tem como ponto de partida o amor à poesia, convocando, através das palavras e da música, poetas, histórias, formas de ver, sentir, ouvir, tocar e cantar o mundo. O recital tem uma forte componente visual ajudada pelos vídeos que vão sendo projetados com desenhos da própria Amélia Muge.
Logo a seguir, a 2 e 3 de outubro, o cinema invade o Solar da Música Nova, com a XI Edição da Mostra de Cinema da América Latina, que já vinha conquistando um leque de seguidores e que foi adiada em 2021, devido à pandemia. Quatro filmes para ver, dois em cada dia, às 16h00 e às 19h00.
No dia 8 de outubro, teatro pela Associação Mákina de Cena, com a peça “Tive 1 Ideia para 1 Dueto”. Uma peça que assenta totalmente em outras, em poemas e em excertos. Um conjunto de “roubos”, de cópias que quando expostos e visualizados juntos assumem novos significados, a partir da interpretação de cada espectador.
No dia seguinte, 9 de outubro, de novo a música, desta vez com uma incursão pelos metais, parte integrante do Festival Internacional de Trompete do Algarve. Loulé recebe Septura – Brass Septet, um septeto de músicos britânicos fora de série, que passa pelos trompetes, trombones, trombone-baixo e tuba. Para ver e ouvir às 21h30 no CTL.
A 10 de outubro, outro talento – mas desta feita português – também da área dos metais, mas carregando um saxofone. Falamos de “Cabrita”, um dos melhores saxofonistas portugueses da atualidade, que trará a Loulé o seu novo álbum, ele que tem tocado com os Cais Sodré Funk Connection e mais recentemente com Tó Trips, Stereossauro e Legendary Tigerman. Para ver e ouvir no Auditório do Solar da Música Nova, às 17h00.
Ainda no mesmo dia, mas no Cineteatro, estreia a peça “O Urso e Outros Dois”, pela Associação Ao Luar Teatro, às 19h00.
Na semana seguinte, chega a Loulé a peça “Do Bosque para o Mundo”, que abriu a 72.ª edição do famoso Festival D’Avignon. "Do Bosque para o Mundo" conta a história de Farid, um refugiado afegão de 12 anos, enviado pela mãe para a Europa. A peça de Miguel Fragata e Inês Barahona confronta-nos com a história de um rapaz, entre a vida e a morte, e faz-nos olhar, com coragem e dureza, para a nossa própria história. Existem 3 sessões para o público escolar, a 13, 14 e 15 de outubro e um espetáculo para o público em geral dia 16, às 17h00. A produção é da Formiga Atómica.
Ainda a 16 de outubro, mais um concerto do ciclo Ilustres Desconhecidos, desta vez com a cantora Cati Freitas, acompanhada por João Salcedo ao piano. Cati Freitas deixa as letras e a voz emergirem despidas numa cenografia crua, sem subterfúgios, proporcionando ao público uma experiência humana marcada por simplicidade e intimidade. É às 19h00, no Auditório do Solar da Música Nova.
No dia 17 de outubro, às 17h00, há teatro para crianças, com a peça “O Lago da Aventura”. Aurora, a Princesa do Lago Encantado, foi obrigada a viver desde pequena em cima de um nenúfar. Sem pais, vai contar com a ajuda do Sapo Antunes para reverter os feitiços da Bruxa Izunda, a própria tia, cujo objetivo é ser rainha.
A 23 de outubro, às 21h30, lugar para Cordyceps, do Teatro do Vão. Estamos no último dia da democracia. Com a extinção, desaparece também o acesso a qualquer forma de expressão e pensamento livre. Por consequência, este é o último espetáculo que você terá a oportunidade de ver. Espera-se que seja uma ocasião feliz.
No dia seguinte, 24 de outubro, domingo, Mila Ferreira pisa o palco do Cineteatro Louletano. Um concerto em que a icónica cantora nos traz “Bonsoir Paris”, com o charme, requinte e emoção das canções populares francesas.
A fechar o mês, vem de Lisboa a peça “Cenas da Vida Conjugal”. A encenadora Rita Calçada Bastos reflete sobre este tempo em que o que parece não é. A partir de um jogo de atores puro e duro, cria um diálogo entre Teatro – aquilo que quer que se veja e o que quer esconder – e Cinema (a cargo de João Canijo) – aquilo que aparenta ser real e o que não passa de uma projeção. Para ver no Cineteatro Louletano a 30 de outubro, pelas 21h00, peça com Ivo Canelas e Katrin Kaasa.
O Cineteatro Louletano – que assinala em 2021 os 91 anos de existência, em simultâneo com os 10 anos da reinauguração – continua a apostar numa programação de referência a nível nacional, granjeando o apoio do público e atraindo novos públicos para a fruição cultural, e garantindo todas as condições de higiene e segurança e ostentando o selo “Clean&Safe”.
O CTL é uma estrutura cultural no domínio das artes performativas da Câmara Municipal de Loulé, e é um dos promotores da Rede Azul – Rede de Teatros do Algarve e da Rede 5 Sentidos.