A 21 de outubro, o Fórum Municipal Rodrigues Sampaio, localizado em Esposende, foi o palco escolhido para a entrega do Prémio Literário Manuel de Boaventura 2023. Nesta edição, o galardão foi entregue ex-aequo ao português Rui Couceiro, autor de “Baiôa sem data para morrer”, e à brasileira Giovana Madalosso, que assina “Tudo pode ser roubado”.
Com este reconhecimento, Rui Couceiro e Giovana Madalosso passam a integrar o leque de laureados pelo Prémio Literário Manuel de Boaventura, iniciativa da Câmara Municipal de Esposende que tem por objetivo valorizar e promover a vida e obra de Manuel de Boaventura (1885-1973), originário de Vila Chã, Esposende. Anteriores vencedores incluem nomes como Ana Margarida de Carvalho (2017), Filipa Martins (2019) e Mia Couto (2021).
Benjamim Pereira, Presidente da Câmara Municipal de Esposende, reiterou o propósito da criação deste prémio em 2016, destacando o seu papel na preservação e celebração da herança cultural de Manuel de Boaventura. Para Benjamim, a entrega ex-aequo a dois autores separados pelo Atlântico, demonstra não só a universalidade da língua e cultura lusófona, mas também a crescente internacionalização do prémio. O autarca enfatizou ainda os esforços em prol da memória de Manuel de Boaventura, que se traduzem em iniciativas como a reedição da sua obra e a aquisição e futura transformação da Casa do Escritor em Casa Museu.
Armando Boaventura, em nome da família, agradeceu o compromisso do município na promoção da obra de Manuel. Sérgio Guimarães de Sousa, presidente do júri e docente universitário, sublinhou a qualidade excecional das obras premiadas nesta 4.ª edição, que contou com 220 candidaturas.
Rui Couceiro, um dos agraciados, expressou a sua gratidão e relembrou a relevância das políticas públicas em prol da cultura. Giovana Madalosso, ausente do evento, transmitiu uma mensagem gravada através de Sofia Santos, representante da Editora “Tinta da China”. Na sua mensagem, a escritora sublinhou a influência da literatura lusófona na sua formação e carreira.
A cerimónia foi concluída com uma atuação musical da soprano Teresa Queirós e de Luís Arede, ao piano, interpretando poemas de António Correia de Oliveira com composições de Luiz Costa. O evento contou ainda com uma sessão de autógrafos de Rui Couceiro.