Tendo o rosto de Méssio Trindade como elemento central, a intervenção foi realizada pelo artista Daniel EIME na empena de um prédio, constituindo um tributo do Município a todos os trabalhadores do setor.
O rosto de Méssio Trindade, figura grata da Indústria da chapelaria e do museu dedicado a essa atividade, está representado no novo mural do circuito de arte urbana do município de S. João da Madeira.
A inauguração dessa intervenção artística, da autoria de Daniel EIME, decorreu neste fim de semana, com a presença de familiares e amigos daquele antigo operário, já falecido, cuja figura constitui elemento central da imagem executada na empena de um prédio de habitação coletiva.
Promovida pela Câmara Municipal de S. João da Madeira e pelo Museu da Chapelaria, esta obra – apoiada pelo Programa Operacional Regional Norte 2020 – representa uma homenagem a essa indústria e aos seus trabalhadores e empresários, pelo papel desempenhado no desenvolvimento do concelho.
Esse facto foi realçado pelo Presidente da Câmara Municipal, Jorge Vultos Sequeira, na sessão de inauguração, em que lembrou que Méssio Trindade “dedicou toda a sua vida à indústria da chapelaria”, primeiro como operário e, mais tarde, como guia do museu, tendo a sua intervenção sido “muito importante” a vários níveis na consolidação desse espaço cultural sanjoanense.
Para o autarca, Méssio Trindade foi “imagem e alma” do Museu da Chapelaria, onde transmitiu “muito do seu saber”. Daí esta homenagem que o município lhe presta e, através dele, a “todos os operários da indústria”.
Situado “num local muito aprazível”, o mural vem, de acordo com o Presidente da Câmara, valorizar a paisagem urbana, constituindo, ao mesmo tempo, uma forma de transmitir a todos e, em especial aos mais jovens, a importância da indústria da chapelaria na história de S. João da Madeira.
Segundo Daniel EIME, autor do mural, a representação de Méssio Trindade surge envolta em "elementos e cores que procuram, de forma ambígua, criar uma ligação com a área envolvente, mas, por certo também, um contraste visual sobre esta mesma".
Tendo contado com a presença de antigos trabalhadores do setor, da diretora e de funcionários do Museu da Chapelaria, de autarcas e moradores locais, a cerimónia de inauguração incluiu ainda a assinatura do protocolo de doação ao município, por parte da família de Méssio Trindade, de fotografias e de um relógio que pertencia ao antigo operário.