Continente Chef’s Garden é o novo espaço da Cidade do Rock que traz menus assinados por chefs portugueses, numa praça com 400 lugares sentados com sombra e um palco que combina música, entretenimento e alimentação sustentável.
Os chefs Justa Nobre, Miguel Castro e Silva, Noélia Jerónimo e Vítor Sobral são os responsáveis pelos menus especiais servidos neste espaço, com pratos inspirados nos principais ecossistemas de Portugal – agricultura e pecuária, florestas, mar e rios.
Aos comandos do Chef’s Stage estará Ljubomir Stanisic, que assume o palco várias vezes ao dia para provocar o público com conversas relevantes em torno da alimentação e da sustentabilidade, com convidados especiais e entretenimento à mistura. Ainda haverá espaço para momentos musicais, entre os quais concertos e DJ sets.
“O Rock in Rio é a prova de como a música e o entretenimento podem – e devem – estar ao serviço de temas relevantes para a construção de um mundo melhor. É por isso que no Continente Chef’s Garden juntamos os maiores nomes da gastronomia em Portugal, trazemos receitas com cunho sustentável e recheamos um palco com propostas provocadoras, vários convidados e diferentes formatos de entretenimento, com dicas e sugestões de hábitos alimentares mais sustentáveis”, afirma Roberta Medina, Vice-Presidente Executiva do Rock in Rio.
No Chef’s Kitchen há rio, mares, terra e florestas
Os chefs Justa Nobre, Miguel Castro e Silva, Noélia Jerónimo e Vítor Sobral foram os nomes escolhidos por Nuno Nobre, consultor gastronómico há mais de 20 anos, para liderar a cozinha do Continente Chef’s Garden. Os quatro conceituados chefs portugueses, que dispensam apresentações, desenvolveram menus especiais que, nos dias 18, 19, 25 e 26 de junho, os visitantes da Cidade do Rock poderão experimentar.
“Procurámos trazer influências de diferentes regiões do país, combinando-as com sustentabilidade e saúde. Por isso convidámos chefs de Norte a Sul de Portugal que, por sua vez, irão trabalhar com produtores locais e definimos como conceito gastronómico os ecossistemas mais representativos da gastronomia portuguesa – a Agricultura & Pecuária, as Florestas, o Mar e os Rios”, afirma Nuno Nobre.
Ao chef Vítor Sobral coube a Agricultura & Pecuária e das suas propostas gastronómicas fará parte um Hambúrguer de Vitela Arouquesa com Cebola caramelizada, Tomate, Rúcula e Queijo da Ilha de São Jorge e uma Mousse de Chocolate de Melgão com Morangos confitados, Flor de sal e Açafrão dos Açores, entre outros pratos.
O chef, mestre em conservar temperos e sabores tipicamente portugueses, confessa que “fico a pensar o que será do nosso alimento se não cuidarmos da nossa terra. Tenho a influência dos sabores alentejanos no sangue, e a preocupação com o que consumimos. A minha paixão e criatividade, no que toca a tachos e temperos, está aliada à sustentabilidade na alimentação, no apoio aos pequenos produtores e às formas de diminuir os processos industrializados”.
A Floresta será representada pela chef Justa Nobre que, entre outros pratos, irá servir uma Sopa fria de Beterraba com Amêndoas Crocantes e um Leite-creme de Abóbora com Frutos do Bosque. Nascida no coração transmontano, a chef conhecida por reinventar a boa cozinha portuguesa refere que “gosta de criar pratos com os ingredientes presentes na natureza, como cogumelos e frutos do bosque. Esses elementos são fáceis de serem encontrados nas florestas e bosques e não sofrem quase nenhuma interferência do homem ou tratamentos químicos, o que é muito importante para a sustentabilidade dos alimentos”.
O sabor do Mar é trazido pela mão da chef Noélia Jerónimo, que no festival apresentará opções como Tosta de Cavala e Wrap de Polvo com Batata-doce e piso de Coentros, além de outras iguarias. A chef algarvia, que em 2021 foi distinguida com o prémio Chef do Ano do Guia Boa Cama Boa Mesa, diz que “temos que tomar cuidado ao trabalhar os elementos do mar, muito deles estão em risco de extinção. O mar representa natureza, luz e renovação de vida. Um dos peixes que mais sofre com as cotas chegando ao máximo é o atum, então decidimos optar por peixes tão nutritivos e ricos em sabor quanto o atum, como a sardinha e a cavala, e, para mim, uma das coisas primordiais na cozinha é não perder o sabor do alimento e nem abusar com excesso de coisas no preparo”.
Por fim, os Rios chegam à mesa pela autoria do chef Miguel Castro e Silva, que apresentará pratos como uma Sopa seca de Lúcioperca e couve. O chef, também conhecido como um dos grandes mestres da cozinha em Portugal, recorda que “na cozinha do interior se recorria aos produtos de proximidade como o peixe de rio e hortícolas cultivadas em hortas com grande diversidade”.
Dentro do Continente Chef’s Garden há, ainda, espaço para um Wine Bar da Sogrape Vinhos: um espaço que oferece liberdade para entender, escolher e aproveitar os melhores vinhos de forma simples e agradável, num ambiente relaxado e acolhedor, que também contará com degustações informais.
No Chef’s Stage há música, entretenimento, gastronomia e sustentabilidade
Um dos grandes destaques do Continente Chef’s Garden, além dos menus de assinatura já apresentados, é o Chef’s Stage. E, tal como todas as receitas de sucesso, também este palco tem um mentor por trás. Falamos de um dos nomes – e rostos – mais conhecidos dos portugueses quando se pensa em Gastronomia, capaz de combinar alimentação, sustentabilidade e entretenimento melhor que ninguém: Ljubomir Stanisic. É precisamente isso que o chef levará a palco no Rock in Rio Lisboa, juntando vários convidados de diferentes áreas – desde artistas, a chefs, produtores e outros – para criar momentos únicos e especiais, bem à sua imagem.
Conhecido, não só, pelo seu dom culinário e projetos de restauração de sucesso (que já lhe valeram uma Estrela Michelin), Ljubomir Stanisic também se destaca pela sua vertente de comunicador, algo que tem reafirmado nos diferentes projetos de comunicação que tem lançado, entre os quais programas televisivos, livros e minisséries documentais como a mais recente Coração na Boca. Mas além disso, o chef jugoslavo é um exemplo de sustentabilidade e prova disso são os muitos projetos e iniciativas que há vários anos implementa nos seus restaurantes – e no seu estilo de vida -, sendo o próprio um verdadeiro agente transformador, contribuindo para consciencializar e influenciar positivamente outros a adotar novos hábitos.
Mas há mais no Chef’s Stage e, como não podia deixar de ser, a música também está garantida. Todas as noites haverá DJ sets de diferentes DJs portugueses e, durante o dia, intercalados com os momentos levados a palco por Stanisic, haverá concertos de bandas de diferentes empresas, curadas pelo projeto Brands Like Bands. Criado em 2013, o projeto acredita no poder mobilizador da música e, assim, reúne bandas de empresas de diferentes setores que se juntam independentemente dos cargos e níveis hierárquicos, para mudar o mundo. Ao longo dos anos o projeto já apoiou mais de 20 causas sociais e ambientais, em Portugal e no Estrangeiro, e mais recentemente juntou-se à iniciativa 1% for the Planet, cuja missão é promover diferentes causas que, coletivamente, possam desencadear soluções em prol das alterações climáticas.
Durante os dois fins de semana do festival vão, assim, subir ao Chef’s Stage bandas como os GoBand, Hollymood, The Relevants, The Group, HumansR, Ecocardiobanda, The Igniters, The Mercernaries, Electric Bang, BBS, Sharing Beauty Band, Rock.io, Tier One Band, ITA, Noises, Armstice, Mucho Love & Landing J's, The PickUps, Banda Larga, People2People e Banda Autêntica, da Super Bock Group.
A receita é sustentável
Ciente do impacto que as escolhas alimentares têm no planeta, esta edição o Rock in Rio vai reforçar a sua conduta sustentável na área da alimentação e bebidas. Assim, além das ações já levadas a cabo desde edições anteriores, o festival vai também incentivar o uso de produtos nacionais e a contratação de fornecedores locais, contribuindo não só para reduzir a pegada carbónica mas, também, para fomentar a economia local, e promover o uso de produtos sazonais respeitando e acompanhando os calendários agrícolas e os nossos ciclos naturais. Além disso, e já contribuindo para alcançar a meta estipulada até 2030 de se tornar um evento Zero Desperdício Alimentar, além da doação de alimentos no final do evento e encaminhamento dos resíduos orgânicos para compostagem o festival passará a trazer este olhar também para o momento da confeção das receitas, durante o qual os chefs aproveitarão ao máximo as matérias-primas; e para o momento de consumo, adotando o conceito de “dose certa” para evitar desperdício de comida servida.