Em noite de fado, o Casino Estoril acolhe, na próxima quinta-feira, 10 de fevereiro, a partir das 21h30, no Lounge D, com entrada gratuita, um espetáculo de homenagem a Carlos do Carmo. Num encontro de gerações, António Pinto Basto, Joana Amendoeira e Matilde Cid sobem ao palco do Lounge D para recordar uma figura ímpar do meio artístico nacional.
António Pinto Basto
A carreira de António Pinto Basto assumiu um cariz profissional no início dos anos setenta, período em que efetuou numerosas atuações por Portugal. Mas foi, apenas, em 1988 que editou o seu primeiro disco, intitulado “Rosa Branca”. No ano seguinte, lançou “Maria”, repetindo o sucesso de vendas. Seguiram-se “Confidências à Guitarra”, em 1991, e “Os Grandes Sucessos de António Pinto Basto”, em 1993.
Em 1996, o artista gravou “Desde o Berço”. A convite de João Braga, em 2000, integrou o grupo “Land of Fado”. O meio televisivo também faz parte do seu percurso profissional. Em outubro de 2000, a convite de João Braga, assumiu as funções de apresentador do programa televisivo “Fados de Portugal”, na RTP.
António Pinto Basto lançou, em 2004, o projeto “Quatro Cantos” ao lado de Maria Armanda, Teresa Tapadas e José da Câmara. Com um perfil revivalista, o grupo distinguiu-se, desde logo, pela interpretação de grandes êxitos da história do Fado, os quais foram já registados nos CDs e DVDs: “5 Décadas de Fado” e “Do Presente ao Passado no Fado”. Em dezembro de 2007, "Bodas de Coral" marcou o seu retorno à linha de Fado tradicional. Posteriormente, em 2010 lança “Prata da Casa” em que faz uma compilação de todos os seus temas.
Joana Amendoeira
É considerada uma das mais importantes fadistas da nova Geração. No seu cantar o fado ganha novo brilho, nova atitude sem se desviar da tradição. Nascida em Santarém, muito cedo descobriu o apelo para ser fadista e, aos 12 anos, vence a Grande Noite do fado do Porto. Ao longo da sua carreira, teve a oportunidade de cantar nas melhores casas de Fado de Lisboa (Clube de Fado e Sr. Vinho) e nessa “escola” absorveu os grandes ensinamentos dos fadistas mais antigos e dos músicos. Todos lhe reconheciam a voz especial, a atitude, o talento e, gentilmente, lhe passaram a sua arte, as poesias e as histórias vividas. O seu último disco, “Amor Mais Perfeito” (2012), é um tributo especial ao seu grande mestre, José Fontes Rocha, um dos maiores guitarristas e compositores do Fado.
O seu percurso conta com oito discos editados e várias participações em compilações especiais de Fado, nacionais e internacionais, assim como vários prémios (entre eles, o de melhor Disco de Fado 2008, atribuído pela Fundação Amália Rodrigues), foi selecionada para se apresentar em diversas Feiras de World Music, como o Mercat de Musica Viva de Vic 2003 (Espanha) e a Strictly Mundial 2005 (Canada) e teve a oportunidade de fazer digressões por diversos países como Espanha, Itália, Hungria, Lituânia, Suécia, Brasil, Argentina, EUA, India e Japão. Joana Amendoeira defende com orgulho o legado do Fado sem de esquecer da sua própria expressão artística.
Matilde Cid
Nasceu em Estremoz e cresceu no seio de uma família ligada à música. Os serões familiares eram passados a tocar viola, piano e a cantar. O pai era fã de jazz, blues e bossa-nova, a mãe de fado e foi assim, através da mãe que o fado se tornou na sua música de eleição. A fadista começou por cantar, primeiro em vários cafés de Estremoz e, mais tarde, em Évora, em simultâneo com a vida universitária.
Posteriormente, veio para Lisboa onde encontrou a verdadeira essência do fado no ambiente boémio das casas de fado da capital. Com uma voz doce e melodiosa, Matilde Cid aborda a canção de Lisboa de uma forma muito particular. PURO, o disco de estreia foi editado em setembro de 2019.