O Município de Palmela promove uma sessão de apresentação do livro de Eduardo M. Raposo “Amor e Vinho. Da poesia luso-árabe à nova música portuguesa (sécs. XI-XXI)”, a 19 de fevereiro, às 17h00, na Adega ASL Tomé, em Pinhal Novo.
A iniciativa, apoiada pela Adega ASL Tomé, contará com as presenças de Janita Salomé (autor do prefácio), Rui Curto (Brigada Victor Jara), João Carlos Calixto (RTP Memória/RDP Internacional) e Rúben Martins (músico) e será pretexto para um momento de partilha intercultural do vinho, à música e à poesia.
Eduardo M. Raposo nasceu em 1962, na Funcheira, Ourique. Dedica-se à escrita há 40 anos, no jornalismo e não só. Tem dirigido revistas culturais (Alma Alentejana, nos anos 90, e Memória Alentejana, desde 2001), organizou mais de 80 colóquios, tertúlias e encontros culturais e publicou mais de 500 artigos e entrevistas na imprensa. Publicou três biografias (Cláudio Torres, Urbano e Fonte Santa), dirigiu uma antologia poética, lançou dois livros sobre o Canto de Intervenção e participou na Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX.
É Doutor em História da Cultura e das Mentalidades e Investigador do CHAM – NOVA FCSH – Centro de Humanidades da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Integra a Comissão Científica do II Congresso sobre o Cante, em preparação, e desenvolve estudos sobre o Cante, as tabernas e a revisitação da convivialidade.
Sobre o livro:
«Com a sensibilidade à flor da pele, o autor desarma-nos (digo, fascina-nos) ao falar de amor, vinho, música, poesia e luta pela liberdade, para nos conduzir num percurso único por caminhos pouco trilhados na História de Portugal. É disso prova clara a evidência posta na importância que teve, para a construção dos alicerces da nossa identidade, o espantoso fenómeno do encontro de civilizações operado ao longo de milénios no espaço mediterrâneo.
Voltemos ao amor, ao vinho e à poesia que, ao longo da nossa história, foram alimento fundamental na vivência e sedimentação do que de mais nobre e enriquecedor a memória pode guardar num olhar longínquo sobre o nosso passado.
Quanto à poesia luso árabe, rios de amor e vinho, sem margens nem foz, inundaram a nossa memória e neles navegámos até aos nossos dias, tendo por companheira a certeza de que o vinho vivo do amor é ambrosia que nós, deuses da nossa existência, teremos como alimento na eternidade libertadora da poesia». – Janita Salomé