Em cerimónia solene, agendada para o próximo dia 25 de novembro, a partir das 18h00, no Auditório do Casino Estoril, a Ministra da Cultura, Graça Fonseca, entrega o Prémio Vasco Graça Moura – Cidadania Cultural a Emílio Rui Vilar, bem como os Prémios Literários Fernando Namora e Agustina Bessa-Luis, instituídos pela Estoril Sol, e referentes a 2020, respetivamente, a Francisco José Viegas e Marta Pais de Oliveira.
Nesta sexta edição do Prémio Vasco Graça Moura – Cidadania Cultural, o Júri deliberou atribuir o galardão a Emílio Rui Vilar, enaltecendo “a constante, importante e significativa ação cultural desenvolvida durante um longo percurso, mormente como administrador ou gestor à frente ou com responsabilidades em grandes instituições”.
Na ata do júri consta, ainda, que Emílio Rui Vilar distinguiu-se como um exemplo de cidadania cultural “desde estudante em Coimbra, onde fundou um grupo de teatro e um círculo de artes plásticas, até à presidência da Fundação Calouste Gulbenkian, passando pela criação da Culturgest, quando presidente (executivo) da Caixa Geral de Depósitos, por ter sido comissário-geral da representação portuguesa na Europália, pelas suas participações, entre outras e inclusive em cargos diretivos, na Fundação de Serralves e no Teatro Nacional de São Carlos”.
Em relação à 23.ª edição do Prémio Literário Fernando Namora, com o valor pecuniário de 15 mil euros, o Júri distinguiu Francisco José Viegas com o romance “A Luz de Pequim”.
“Romance de avaliação de experiências passadas e incertezas atuais, “A Luz de Pequim” é uma obra que interroga o tempo e o que fazermos dele”, registou em ata o Júri.
Ao eleger “A Luz de Pequim”, o Júri salientou, ainda, que “o que nos fica é, sobretudo, um conjunto complexo de personagens e das respetivas vidas, com os seus conseguimentos e os seus fracassos”.
Por sua vez, no que diz respeito à 13.ª edição do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, com o valor de 10 mil euros, o Júri distinguiu Marta Pais Oliveira com a obra original “Escavadoras”.
Ao escolher “Escavadoras”, o júri considerou tratar-se de “um romance que atrai não só pelas vertentes oníricas como a narrativa se organiza, mas também pelo sentimento de perda que une o universo existencial das personagens. Um ponto de vista lutuoso orienta e organiza as relações humanas e, facto não menos relevante, a própria tragédia familiar vivida no romance”.
Presidido por Guilherme d`Oliveira Martins, o Júri dos Prémios da Estoril Sol, foi ainda constituído por José Manuel Mendes, pela Associação Portuguesa de Escritores, Manuel Frias Martins, pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários, Maria Carlos Gil Loureiro, pela Direcção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, Maria Alzira Seixo, Liberto Cruz e José Carlos de Vasconcelos, convidados a título individual e, ainda, Dinis de Abreu, pela Estoril Sol.