O Museu Municipal de Palmela, em colaboração com parceiros, promoveu, este ano, duas visitas inclusivas, que contaram com a participação de cerca de 60 pessoas, entre adultos, jovens e crianças.
A primeira destas visitas decorreu em maio, em parceria com a Biotrails e integrada no programa do Arrábida Walking Festival, que dedicou a sua primeira edição ao património arqueológico da Arrábida. A visita “Grutas Artificiais do Casal do Pardo – Um espaço simbólico” (Quinta do Anjo), integrada num percurso pedestre pela natureza, foi desenhada para pessoas com deficiência visual. O toque foi um elemento essencial, quer nas Grutas, quer no espaço envolvente. Foi uma viagem que desafiou os sentidos e desvendou a história deste local, a sua funcionalidade, arquitetura e rituais.
Em setembro, no âmbito das Jornadas Europeias do Património e em plena época de vindimas, realizou-se a atividade “O Património na Palma da mão, e não só…”, na adega Quinta da Invejosa, em Poceirão, em parceria com a Filipe Palhoça Vinhos. A visita iniciou-se com a exposição itinerante “De Palmela ao Poceirão. Uma viagem arqueológica”, que está patente neste espaço. Foram exploradas as cinco peças arqueológicas que lhe deram origem e que pretendem contar parte da história milenar da ocupação humana do território de Palmela. Todos os participantes foram vendados, para que pudessem ativar os outros sentidos. As peças passaram pelas mãos de cada pessoa, que procurou, a partir da história que lhe estava a ser contada, reconhecer-lhes a forma, textura e função. A iniciativa terminou com um percurso pela vinha e pela adega.
Na sua missão de preservar, valorizar e divulgar o património cultural que é de todos, o Museu Municipal tem assumido, cada vez mais, a preocupação de comunicar de forma clara e acessível, promovendo a equidade, inclusão e acessibilidade. Para tal, tem contado também com o imprescindível apoio da Associação Bengala Mágica.