Uma ópera em miniatura, ballet nas temporadas russas e o regresso do Som Riscado são alguns dos destaques em novembro no Cineteatro Louletano, num mês pleno de eventos.
Após a dança, com “Rite of Decay” (2 de novembro), de Joana Castro e “Segunda 2” (a 5 de novembro), pela Companhia Paulo Ribeiro, o Cineteatro Louletano recebe como é hábito as Temporadas Russas, com uma transmissão da Metropolitan Opera (de Nova Iorque), e a peça “Rusalka”, a 7 de novembro, no Auditório do Solar da Música Nova. As Temporadas Russas regressam mais tarde, a 21 com Quarteto de Cordas, Piano e Ballet.
No mesmo dia, 7 de novembro, mas no Cineteatro, estreia pela mão da Folha de Medronho a peça “Deve Haver Mais Qualquer Coisa”, adaptada do livro “Manuscrito Corvo”, de Max Aub. A Folha de Medronho traz-nos uma peça vista pelo olhar de um corvo: uma reflexão sobre os homens e a desumanidade dos campos de concentração. Fábula, com humor e crueldade, sobre como somos construídos e desconstruídos do que somos capazes de fazer em situações limite.
A 9 de novembro estreia no Solar da Música Nova o Filme Francês do Mês, “Énorme”, integrado num festival nacional promovido pela Alliance Française, com entrada gratuita.
No dia 12, regressa um clássico, o Festival de Órgão do Algarve, na Igreja de São Sebastião, em Boliqueime, com Célia Sousa Tavares.
E também a 12 e a 13, duas sessões com Sara Barros Leitão e a peça “Monólogo de uma Mulher Chamada Maria com a Sua Patroa”, um trabalho feito para durar o mesmo que um ciclo de uma máquina de lavar roupa e que parte da criação do primeiro Sindicato do Serviço Doméstico em Portugal para contar a história – pouco valorizada – do trabalho das mulheres, do seu poder de organização, reivindicação e mudança. A história das mulheres que limpam, que cuidam do mundo, que produzem, educam e preparam a força de trabalho.
Ainda a 13, chega a Loulé o XI Encontro Internacional de Arte para a Infância e Desenvolvimento Social, organização conjunta do Cineteatro Louletano e da Companhia de Música Teatral. É no Convento do Espírito Santo.
E logo a seguir, a 14, no Cineteatro, um dos vários eventos do Festival Verão Azul, que arranca em Loulé dia 11 (consultar programa online), cinema com “Questo é il Piano”, no Auditório do Solar da Música Nova.
A 20 de novembro, um dos espetáculos mais aguardados de novembro, “O Anel do Unicórnio – Uma Ópera em Miniatura”, pelo Teatro do Eléctrico. E no mesmo dia, mas no Auditório do Solar da Música Nova, concerto do Ciclo Ilustres Desconhecidos, com a banda “Osmose”.
A 21 de novembro, lugar à formação, com “Mil Pássaros”, pela Companhia de Música Teatral, um trabalho que tem vindo a ser desenvolvido em Loulé, no âmbito da arte para a infância.
Em seguida, a 24, entra o Festival Som Riscado, em evento de som e imagem alternativos que se distribui por vários locais de Loulé e cujo cartaz será brevemente divulgado.
A terminar, um nome grande do fado, adiado por causa da pandemia, regressa agora a Loulé: Cuca Roseta, ela que vem cantar Amália, com um convidado especial oriundo do Algarve, Amabélio Pereira.
O Cineteatro Louletano – que assinala em 2021 os 91 anos de existência, em simultâneo com os 10 anos da reinauguração –continua a apostar numa programação de referência a nível nacional, aproveitando agora o regresso à lotação máxima da sala.
Com uma programação de referência, o CTL aderiu este ano à nova Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses, bem como à Rede de Programação Acessível. O CTL é uma estrutura cultural no domínio das artes performativas da Câmara Municipal de Loulé, e é também um dos promotores da Rede Azul – Rede de Teatros do Algarve e da Rede 5 Sentidos.