Serpa recebe, nos dias 14 e 15 de outubro, a 1.ª edição do Festival Futurama, com a realização de várias iniciativas em espaços emblemáticos de Serpa, numa organização Futurama e Câmara Municipal de Serpa. A programação foi construída em articulação com o Município de Serpa, numa aposta na formação dos jovens, mas também dos vários públicos, para a cidadania e diversidade cultural.
Estão agendadas atividades que têm como palco a escola: no dia 7, está prevista a realização de um workshop sobre direitos humanos, promovido pela Amnistia Internacional, na Escola Secundária de Serpa; para o dia 14, pelas 17h00, uma apresentação de um workshop de performance, que a coreógrafa Sónia Baptista dinamizou para os alunos da Escola Secundária de Serpa, aberto ao público; e ainda uma performance participativa pelos embaixadores Futurama, no dia 14, pelas 18h00, em local a designar. Ainda no dia 14, o espaço da Nora recebe o espetáculo de Yeli Yeli. Pedro da Linha, um dos maiores produtores de música eletrónica do nosso País, junta-se a Álvaro Romero, cantor e ativista de nacionalidade espanhola, que dá voz a um projeto “pleno de possibilidades”.
Integrado nesta programação do Festival Futurama, o Património Cultural e Imaterial da Humanidade não fica de fora. O projeto Cantexto reúne grupos corais e escritores portugueses e levou à criação de textos pensados, de raiz, para temas a interpretar por grupos corais. As composições que Serpa irá conhecer, no dia 15 de outubro, pelas 15h00, no Largo de Santa Maria, contam com a composição de Armando Torrão e Paulo Ribeiro. O Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa irá interpretar um texto de Matilde Campilho, e o Grupo Coral da Academia de Serpa um texto de Gonçalo M. Tavares, e de seguida irá realizar-se uma conversa sobre Cante, com a participação dos escritores.
A programação inclui a exibição do filme ensaio “A Terra Faz o Homem”, de Cláudia Ribeiro, que em 2021 esteve em Serpa, numa residência artística no Musibéria, e criou o filme-ensaio com a participação de serpenses que mantêm vivo o Cante Alentejano (dia 15, 18h00, Museu do Cante); e do documentário “A Música Invisível”, de Tiago Pereira/A Música Cigana a Gostar Dela Própria, que destaca a música, a dança e o dia a dia da comunidade cigana de Norte a Sul do País (no mesmo dia, pelas 21h00, na Alcáçova do Castelo).
António Poppe e La Família Gitana performizam o concerto de música cigana intitulado Camões Yonomani/A Soma dos Seus, a ter lugar no dia 15, pelas 21h30, na Alcáçova do Castelo. A artista Puta da Silva encerra a programação do primeiro Festival Futurama, também na Alcáçova do Castelo, pelas 22h30, com um concerto/performance composto por músicas autorais, em diálogo com o funk brasileiro mais arrojado.
Em permanência durante o festival é possível ainda apreciar a instalação pública de Fiumani, designer e artista italiano, que aposta na utilização de materiais reciclados, como forma de consciencialização coletiva para o desperdício e a reciclagem. O Festival pretende celebrar a experimentação artística e os diálogos entre música, artes visuais, performance, cinema e workshops, com um entusiasmante leque de artistas nacionais e internacionais.