O calendário das 2.ªs Jornadas Internacionais de Arqueologia de Palmela já se encontra disponível, com o tema central "Fazer o Lume, Fazer a Luz. Arqueologia do Fogo". O evento, a ter lugar no Cine-Teatro S. João, em Palmela, decorrerá de 22 a 25 de junho. Poder-se-ão efetuar inscrições até ao dia 20 de junho.
Promovidas pelo Município de Palmela, as Jornadas reúnem um variado leque de comunicações, a cargo de especialistas a nível nacional e internacional, que se dividirão por oito sessões: “Onde há fumo, há fogo! Do uso fortuito à produção”, “O Fogo no uso doméstico: aquecer, iluminar, cozinhar”, “Cozer o barro”, “O Fogo e a metalurgia”, “Fogos e rituais: luzes e sombras na vida e na morte”, “As marcas do Fogo em meio urbano e rural”, “A leitura laboratorial do passado do Fogo” e “Salvaguarda do património arqueológico: o impacto dos incêndios florestais”. Além das comunicações, estarão em exibição nove posters.
Um dos pontos altos das Jornadas é a apresentação do livro “Amanhar a Terra. Arqueologia da Agricultura”, publicado pelo Município de Palmela, no dia 23. O último dia do evento é dedicado a uma excursão ao Complexo Arqueológico dos Perdigões, em Reguengos de Monsaraz, sob orientação de António Valera.
A inscrição para as Jornadas deve ser realizada por meio do preenchimento do formulário disponível no website www.cm-palmela.pt, com envio posterior para o e-mail patrimonio.cultural@cm-palmela.pt, seguido de pagamento no dia 22, na secretaria do evento. Outra opção é o envio da ficha por correio postal, acompanhada de cheque endossado à Câmara Municipal de Palmela.
A taxa de participação nas Jornadas é de 15€ para o público em geral. Estudantes e docentes não residentes do concelho, associados do Grupo de Amigos do Concelho, membros do GEsOS e titulares do Cartão Municipal Idade Maior terão uma taxa de 7,5€. A entrada é gratuita para docentes que trabalhem no concelho e alunos que estudem ou residam no concelho. Os titulares do Palmela Tourist Card beneficiam de um desconto de 10% sobre o preço base. O valor da inscrição inclui a documentação, certificado de participação, acesso ao serviço de pausas para café e transporte em autocarro para a excursão.
DIA 22 DE JUNHO
09h30 – Sessão de abertura
SESSÃO 1
ONDE HÁ FUMO, HÁ FOGO! DO USO FORTUITO À PRODUÇÃO
09h50 – 10h20
Fogo!
João Zilhão
UNIARQ, Centro de Arqueologia, Universidade de Lisboa, Portugal
10h20 – 10h40
Firewall(s). O elemento fogo nos processos construtivos da muralha do Bronze Final do Outeiro do Circo (Beja)
Miguel Serra; Eduardo Porfírio; Sofi¬a Silva; So¬fia Soares; João Barreira; Nelson J. Almeida
CEACCP, AXIS MUNDI, LNEG, O Legado da Terra
10h40 – 11h10: Pausa
SESSÃO 2
O FOGO NO USO DOMÉSTICO: AQUECER, ILUMINAR, COZINHAR
11h10 – 11h40
Cocinas separadas de la vivienda principal: estrutura del espacio doméstico en las aldeas altomedievales del interior de Hispania (ss. V-IX d.C.)
Alfonso Vigil-Escalera
Universidad Carlos III de Madrid
11h40 – 12h00
O uso do fogo no quotidiano em jazidas rurais, compreendidas entre os séculos V-X, no Baixo Alentejo, Portugal: uma abordagem preliminar
Teresa Ricou da Ponte
Universidade de Coimbra, Faculdade de Letras, CEAACP
12h00 – 12h30
Conferencista a confirmar
12h30 – 13h00: Debate
13h00 - 15h00: Pausa para almoço
SESSÃO 2
O FOGO NO USO DOMÉSTICO: AQUECER, ILUMINAR, COZINHAR
15h00 – 15h20
O fogo e as suas estruturas, do Neolítico Antigo ao final do Calcolítico, no território de Oeiras
João Luís Cardoso
Universidade Aberta, ICArEHB (Universidade do Algarve), Centro de Estudos Arqueológicos do Concelho de Oeiras (Câmara Municipal de Oeiras).
15h20 – 15h40
Áreas de combustão nos espaços domésticos do 2.º e 1.º milénio a.C. na Beira Interior – algumas soluções construtivas
Inês Soares
FCT-Fundação para a Ciência e Tecnologia; CIBIO InBio – ENVARCH; Universidade de Coimbra
15h40 – 16h00
Um conjunto de candis provenientes do aterro da couraça de Silves
Cláudia Pinto
Clay Arqueologia.
16h00 – 16h20
Cozinhar, grelhar, aquecer, purificar e perfumar: fogareiros, braseiros e defumadores do Garb al-Andalus
Grupo CIGA: Jacinta Bugalhão; Helena Catarino; Jaquelina Covaneiro; Sandra Cavaco; Isabel Cristina Fernandes; Sofia Gomes; Susana Gómez Martínez; Maria José Gonçalves; Isabel Inácio; Marco Liberato; Gonçalo Lopes; Constança dos Santos
Campo Arqueológico de Mértola; CEAACP; Museu Municipal de Palmela; Município de Tavira; Município de Silves; Município de Montemor-o-Novo; Universidade de Évora; CIDEHUS-UÉ; UNIARQ/FLUL; IEM-NOVA; DGPC
16h20 – 16h50 – Pausa
16h50 – 17h20
As lareiras de Vilas Ruivas (Rodão)
Luís Raposo
Conselho Executivo do ICOM e Direção da AAP
17h20 – 17h40
Evidências da utilização de fogo em contexto doméstico baixo-imperiais na Póvoa do Mileu (Guarda, Portugal)
Tiago Ramos e Vítor Pereira
IEM-UNL; Município da Guarda
17h40 – 18h00
Vasos de cozinha e contextos domésticos no castro de Guifões (Matosinhos)
Andreia Arezes
Faculdade de Letras da Universidade do Porto
18h00 – 18h30: Debate
18h30: Momento musical
DIA 23 DE JUNHO
SESSÃO 2
O FOGO NO USO DOMÉSTICO: AQUECER, ILUMINAR, COZINHAR
09h30 – 09h50
Lareiras de Mértola. Estruturas de fogo domésticas entre a Idade do Ferro e a contemporaneidade
Susana Gómez Martínez; Maria de Fátima Palma; Vigílio Lopes; Cláudio Torres; Miguel Reimão Costa; Clara Guerreiro Rodrigues; Marco Dias Fernandes; Lígia Rafael
Campo Arqueológico de Mértola/CEAACP, U. Évora, U. Algarve, C. M. Mértola
09h50 – 10h10
Cerâmica para o fogo em Loulé Velho: uma primeira abordagem
Catarina Viegas1 e Rui Roberto de Almeida2
1UNIARQ – Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras de Lisboa; 2Museu Municipal de Loulé, Câmara Municipal de Loulé | UNIARQ, Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras de Lisboa
10h10 – 10h40
Hogares singulares en ciudades medievales del norte peninsular
José Avelino Gutiérrez González
Universidad de Oviedo
10h40 – 11h10 – Pausa
11h10 – 11h30
A cerâmica de ir ao fogo do Paço Episcopal de Coimbra nos séculos XV e XVI
Ricardo Costeira da Silva
Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, CEIS20
SESSÃO 8
SALVAGUARDA DO PATRIMÓNIO ARQUEOLÓGICO: O IMPACTO DOS INCÊNDIOS FLORESTAIS
11h30 – 11h50
Floresta, incêndios e salvaguarda do património arqueológico, 2017/2018. Um Balanço
Filipa Bragança; João Marques; Jacinta Bugalhão; Sandra Lourenço; Gertrudes Zambujo; Cláudia Manso; José Correia; Carlos Banha; Helena Moura; Maria Belém Paiva; Samuel Melro; Frederico Regala
11h50 – 12h10
E depois do fogo? Contributos da prospecção para a revisão da Carta Arqueológica do Concelho de Palmela
Michelle Teixeira Santos; Isabel Cristina F. Fernandes; Miguel Correia; Vanessa Filipe e Tiago Pereira
12h10 – 13h00: Debate
13h00 – 15h00: Pausa para almoço
SESSÃO 6
AS MARCAS DO FOGO EM MEIO URBANO E RURAL
15h00 – 15h20
Marcas do fogo em textos epigráficos romanos
José d’Encarnação
CEAACP; Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
15h20 – 15h40
Onde há fumo há fogo. Sinais a longa distância no entre Douro e Mondego através da toponímia
Marina Vieira
15h40 – 16h00
Marcas de fogo em meio urbano. Vestígios materiais do seu uso em Tavira
Jaquelina Covaneiro e Sandra Cavaco
Município de Tavira
16h00 – 16h20
Arqueologia e sismicidade. Evidências do incêndio associado ao sismo de 1755 na Rua Álvaro Castelões (Setúbal)
Susana Duarte1; Carlos Tavares da Silva1,2; Joaquina Soares1,2
1Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal/Associação de Municípios da Região de Setúbal (MAEDS/AMRS); 2Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa (UNIARQ)
16h20 – 17h00 – Debate
17h00 – 17h30: Pausa
17h30: Apresentação da obra «Amanhar a Terra. Arqueologia da Agricultura», editada pelo Município de Palmela
Moscatel de Honra
DIA 24 DE JUNHO
SESSÃO 5
FOGOS E RITUAIS: LUZES E SOMBRAS NA VIDA E NA MORTE
09h30 – 09h50
A Capela de S. Marcos e o rei de Castela: a vingança pelo fogo.
Maria Antónia Athayde Amaral
Castelo de S. Jorge, EGEAC
09h50 – 10h10
O uso de fogo e de madeira nos rituais funerários da necrópole romana da Calçada do Lavra, Lisboa
Paulo Rebelo; Pedro Peça; Catarina Bolila; Filipe Vaz; Catarina Sousa; Daniela Ferreira; João Tereso
Neoépica Lda.; CIBIO-BIOPOLIS; FLUP - Faculdade de Letras da Universidade do Porto
10h10 – 10h30
As deposições do fosso/átrio do Carrascal 2 (Porto Torrão, Ferreira do Alentejo) no contexto do uso ritual do fogo durante o 3.º milénio a.C.
António Carlos Valera; Marina Lourenço; Lucy Envangelista
10h30 – 11h00: Debate
11h00 – 11h25: Pausa
SESSÃO 3
COZER O BARRO
11h25 – 11h55
El fuego y la alfarería. De las creencias sobrenaturales a las técnicas de su control a través del registro arqueológico de la Hispania romana
José Juan Diaz Rodríguez
Universidad de Cádiz
11h55 – 12h15
De cerâmica se faz um mundo: considerações sobre as olarias romanas da Lusitania
Carlos Fabião
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa / Uniarq
12h15 – 12h35
Leiria, um centro produtor no período moderno - duas olarias do Século XVIII
Andrea Pereira; Ana Rita Ferreira; André Donas-Botto; Cátia Valente; Cláudia Santos; Luís Costa; Inês Rita; Luísa Batalha; Eva Leitão; Guilherme Cardoso
Centro Português de Geo-História e Pré-História/ Associação Cultural de Cascais/ CAL - Centro de Arqueologia de Lisboa (Departamento de Património Cultural / Direção Municipal de Cultura / Câmara Municipal de Lisboa)
12h35 – 13h00 – Debate
13h00 – 15h00 - Pausa para almoço
SESSÃO 4
O FOGO E A METALURGIA
15h00 – 15h20
A metalurgia pré-histórica na Península de Setúbal e a sua integração na tecnologia do cobre no extremo sudoeste da Península Ibérica
Pedro Valério
C2TN, Instituto Superior Técnico
15h20 – 15h40
A metalurgia do ferro no Castelo Velho de Safara (Moura) - escórias de ferreiro em contextos Romano Republicanos e da 2.ª Idade do Ferro
Rui J. C. Silva; Rui G. Monge Soares; Mariana Nabais; António M. Monge Soares
15h40 – 16h00
Miróbriga (Santiago do Cacém) na Antiguidade Tardia pós-romana: metalurgia de basso fuoco a pozzetto na taberna 2
José Carlos Quaresma; Martim Lopes; Raquel Guimarães; Daniel Andrade; Paulo Calaveiras; Joana Gil
16h00 – 16h20
O fogo que se acendia na oficina monetária de Beja, ao tempo de D. João III
Conceição Lopes
Universidade de Coimbra e CEAACP
SESSÃO 7
A LEITURA LABORATORIAL DO PASSADO DO FOGO
16h20 – 16h40
O impacto e consumo de madeira como combustível em época Romana. Estudo experimental a partir de dados arqueobotânicos de Bracara Augusta
Filipe Vaz; Cristina Braga; Daniela Ferreira; João Tereso
16h40 – 17h00: Pausa
17h00 – 17h30: Debate
17h30: Encerramento das jornadas
Moscatel de Honra
DIA 25 DE JUNHO
Viagem de Estudo
08h00: partida do Largo de S. João, em Palmela; 08h30: Pinhal Novo (Cruzamento dos Pinheirinhos); prosseguimento para Reguengos de Monsaraz – Monte dos Perdigões; 11h00: Visita ao complexo Arqueológico dos Perdigões, orientada pelo Doutor António Valera.