A cidade de Setúbal, conhecida por acolher uma comunidade selvagem de golfinhos, foi o palco escolhido para um encontro dedicado ao bem-estar dos cetáceos em cativeiro. Laurinda Pedroso, provedora do Animal em Portugal, e Richard O’Barry, ativista norte-americano ligado ao Dolphin Project, reuniram-se na Casa da Baía, no Centro Interpretativo do Roaz do Estuário Sado.
Carla Guerreiro, vice-presidente da Câmara Municipal de Setúbal, acolheu os defensores dos animais. Durante a reunião, a autarca, responsável pelo pelouro do Ambiente, sublinhou a importância dos golfinhos para Setúbal, referindo-se a eles como "símbolos da identidade setubalense". Adicionalmente, enfatizou o compromisso da cidade em proteger e valorizar a comunidade de roazes-corvineiros, composta por 25 membros, reforçando a rica ligação cultural da cidade a estes animais marinhos.
Richard O’Barry, que outrora contribuiu para a indústria de golfinhos em cativeiro, transformou-se em ativista após vivenciar a morte de uma fêmea nos seus braços em 1970. Este encontro em Setúbal enquadra-se numa série de ações que o norte-americano está a promover em Portugal, que incluíram a exibição do documentário "The Cove".
Laurinda Pedroso reiterou a mensagem de O'Barry, salientando que os golfinhos devem ser apreciados no seu habitat natural. Sublinhou ainda a inexistência de argumentos válidos para manter golfinhos em cativeiro, dada a sua natureza selvagem e inteligente e a ausência de riscos de extinção. Em suma, os golfinhos em cativeiro estão privados da sua liberdade e comportamento natural, uma realidade que ambos os ativistas buscam mudar.