Entre os dias 12 e 15 de outubro, 190 alunos e professores do Agrupamento de Escolas da Bemposta vão remover nas dunas de Alvor o chorão-das-praias, no âmbito da SEVA – Semana de Educação e Iniciativas de Voluntariado Ambiental.
Esta ação promovida pelo Município de Portimão decorre durante a manhã e dirige-se às nove turmas do 8.º ano daquele agrupamento, que inclui as escolas EB 2,3 D. João II, de Alvor, EB José Sobral, da Mexilhoeira Grande, e EB da Bemposta, inserindo-se nas iniciativas coordenadas pela Agência Portuguesa do Ambiente – Administração da Região Hidrográfica do Algarve.
Desde 2017, o Agrupamento de Escolas da Bemposta e o Município de Portimão têm desenvolvido no ecossistema de Alvor diversas ações de remoção do chorão-das-praias (Carpobrotus edulis), uma planta exótica originária da África do Sul, cuja impressionante capacidade de propagação e vigoroso crescimento impedem o desenvolvimento e sobrevivência da vegetação nativa.
Introduzido em Portugal para fins ornamentais, e mais tarde cultivado para fixar taludes e dunas, a colonização do chorão-das-praias ocupa vastas áreas, formando nalguns locais tapetes contínuos.
De acordo com o Decreto-Lei n.º 565/99, de 21 de dezembro, que regula a introdução de espécies não indígenas da flora e fauna, o chorão-das-praias é considerado uma espécie invasora, com a capacidade de ocupar o território de forma excessiva, em área ou em número de indivíduos, o que provoca uma modificação significativa nos ecossistemas.
Logo após a degradação e destruição direta de habitats, a proliferação de espécies invasoras como esta, é considerada a segunda causa mais importante de perda de biodiversidade, revestindo-se de grande importância iniciativas como a remoção do chorão-das-praias na zona de Alvor, que no ano passado não se realizou devido à Covid-19.