O Museu Marítimo de Sesimbra vai participar, entre 7 e 9 de outubro, na 26.ª edição do Fórum da Associação de Museus Marítimos do Mediterrâneo, que decorre no Museu Marítimo de Barcelona, em Espanha, através da apresentação A Ars Nàutica dos Pescadores de Sesimbra em meados do século XX: Alguns contributos para o seu estudo.
O Museu de Sesimbra é a única entidade portuguesa a marcar presença neste encontro dedicado ao património cultural imaterial e à sua relação com as comunidades costeiras, que vai contar com a presença de conferencistas de Espanha, Itália, Croácia, França ou Eslovénia.
A presença neste fórum é mais um contributo para a divulgação do Museu Marítimo de Sesimbra internacionalmente.
Desde 2017, um ano após a sua abertura, este museu tem sido reconhecido no plano nacional e internacional, pelo trabalho desenvolvido no âmbito da preservação e promoção da cultura, história e identidade local, intimamente associadas ao mar.
O Museu Marítimo de Sesimbra apresenta um valioso património ligado ao mar e à pesca, fruto, em grande parte, de um trabalho de proximidade feito com a comunidade piscatória. Um cepo de âncora com 5 mil anos associado à navegação no período romano e um conjunto de anzois e pesos de rede situados entre 2500 e 200 a.C. são os artefactos mais antigos da exposição, e transportam o visitante no tempo para conhecer os vários povos que passaram pelo território, assim como a sua forte relação com o mar.
Como viajavam os pescadores de Sesimbra, quais as devoções marinheiras e marítimas, as várias artes de pesca, o Parque Marinho e o rei D. Carlos são algumas das temáticas que ocupam os vários espaços do equipamento. Muitos dos objetos expostos foram cedidos por pescadores ou famílias de pescadores sesimbrenses e pertenceram a embarcações ou lojas de companha. Parte das maquetas são da autoria de sesimbrenses, e muita da informação disponível foi compilada e trabalhada em colaboração com os nossos homens do mar, gente de um conhecimento imenso.
O Museu está dividido por temáticas que ocupam vários espaços existentes na Fortaleza de Santiago, edifício emblemático, também ele ligado ao mar, e que neste modelo, acaba por se transformar numa “peça” no conjunto do próprio Museu.