Portugalis – Turismo, Cultura, Lazer, Saúde, Desporto e Bem-estar

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Turismo, Cultura, Lazer, Saúde, Desporto e Bem-estar

Diretor: Nuno Pinto

Publicação Periódica: Registo ERC, n.º 127078

Periodicidade: Diária (dias úteis)

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Portimão

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Delírio de Opinião
Delírio de Opinião
Augusto Balça | Formador e Tecnólogo
Formador e Tecnólogo | Augusto Balça

Resiliência 22

Resiliência 22

Para algumas pessoas, as resoluções de ano novo são revigorantes e empreendedoras. Para outras, porém, serão absolutamente inúteis. Mas parece indiscutível que quase todos nós sentimos uma onda poderosa de esperança no futuro, que cresce à medida que tocam aquelas 12 badaladas, promovendo uma contagem decrescente para a passagem de um ano velho para um ano novo.

Esta é uma ótima época para nos encorajarmos, e para encorajar outras pessoas.

A cada começo de um novo ano faço questão de manter uma atitude positiva. Nos últimos, como neste, tem sido necessário um reforço da resiliência, fruto do “novo normal” a que temos estado sujeitos com a pandemia que atravessamos. Estes são, afinal, os nossos tempos gloriosamente imprevisíveis e devem, por isso, ser festejados com “dois punhos” bem cerrados.

Há coisas que me exortam, cada vez mais, a refletir acerca de se devemos optar pelo existencialismo, coisa "démodé" que ninguém valoriza e respeita, ou pelo hedonismo boémio. Afinal... pode faltar tão pouco.

Há dois anos atrás, poucas pessoas podiam prever o impacto dramático que a Covid-19 teria. A pandemia expôs as profundas desigualdades do mundo, mas mostrou também como estamos todos interligados, independentemente de onde vivemos. Esta crise demonstrou claramente o quão frágil é o sistema global e alerta para coisas que têm que ser mudadas.

Embora gostemos de nos considerar indivíduos, devemos reconhecer o impacto da cultura; herdamos a linguagem de pensamento que molda as nossas perceções e o nosso comportamento padronizado, inclusive sobre questões de família, amigos, fé e política. Através da inovação e da descoberta, as culturas evoluem para novas ideias e novas formas de pensar. É que estou farto de “macambúzios”. É cultural - respondem-me. Durante gerações, as subculturas e as histórias de vida ensinaram-nos a festejar o que a vida nos dá de bom. Independentemente do que resulta do balanço final de cada um, muitos movimentos juvenis do pós-guerra, dos 'Beatniks' aos 'Bikers', dos 'Mods' aos 'Rude Boys', ou dos 'Hippies' aos 'Ravers', foram determinantes na mudança social. E deveríamos tirar daí algumas ilações e ensinamentos para sairmos agora desta “guerra” que enfrentamos.

Enquanto a COVID-19 continua a ameaçar o nosso bem-estar, para mim parece-me sensato moderar o meu otimismo. Mas isso não significa que tenha que estar sempre de “pé atrás”, ou mesmo que tenha que ser pessimista. Lembremo-nos das palavras de João Lobo Antunes quando dizia que “o pessimismo é uma profecia que se cumpre”. Mas obrigo-me a escolhas e consequências, a significados e a ações. O sistema perfeito para um niilista assumido e estoico em construção.

Há ainda muito tempo de incertezas pela frente. E porque a incerteza nos deixa ansiosos e não felizes, aposto mais na resiliência e menos na felicidade. Na verdade, a felicidade depende, geralmente, de eventos externos, enquanto a resiliência é uma característica que podemos promover individualmente. Aumentar a resiliência não impede que coisas menos boas possam acontecer, mas ajuda-nos a recuperar melhor e mais depressa quando elas acontecem.

Muito do que referi prende-se com a minha própria ansiedade. Numa altura em que a incerteza, perigoso gatilho para os ansiosos, continuará a ser regra naquelas coisas que antes tinha como certas, ao invés de me deixar levar pela raiva, tento racionalizar e olhar de frente para os desafios, sejam estes bons ou menos bons. Normalmente mudo qualquer coisa, de forma sustentável, e desenvolvo novas rotinas em torno dessa mudança.

Outra coisa que aprendi ultimamente, foi a distinguir o que posso e não posso controlar. Ao invés de ficar obcecado por situações sobre as quais não tenho o poder de gerir, ou por pessoas que intransigentemente não alteram as suas ações ou atitudes, foco-me apenas no que posso controlar. Essencialmente, este foco deve ser sobre nós mesmos, nas nossas palavras, nas nossas ações e reações.

G. K. Chesterton, nas suas contribuições para o Daily News, disse que “o objeto de um Novo Ano não é que devamos ter um ano novo. É que tenhamos uma nova alma e um novo nariz; novos pés, uma nova coluna vertebral, novos ouvidos e novos olhos. Um homem particular não tomará nenhuma resolução a não ser que tenha decidido as suas resoluções de Ano Novo. A não ser que um homem comece fresco todas as coisas não fará nada efetivo, certamente. A não ser que um homem comece partindo da estranha assunção que nunca existiu antes, é quase certo que ele não existirá depois."

Decididamente, 2022 será para mim uma oportunidade para continuar a fazer mudanças reais e impactantes, com foco nos meus objetivos, desejos e necessidades, com metas e prazos realistas e marcos alcançáveis para mudanças maiores. E, já agora, evitando comprometimentos excessivos, nem que para isso tenha que aprender a dizer “não” mais vezes, ou seja, arriscar fazer o papel do vilão. Fazer do autocuidado uma prioridade e considerar o nosso bem-estar é fundamental. Afinal, cuidar de nós mesmos significa dar ao mundo o nosso melhor, em vez do que resta de nós.

Feliz Ano Novo - que 2022 seja um ano de resiliência!

Opinião
Cultura e Mudança Tecnológica

Cultura e Mudança Tecnológica

As manifestações de cultura, num espaço, lugar ou cidade, podem assumir várias formas e abranger diversos setores da vida cultural.

Há uma linha que separa… Por Augusto Balça

Há uma linha que separa…

Augusto Balça, relata a sua experiência pessoal enquanto cliente e turista por lugares que, aqui no Portugalis® são abordados.

Estranha Silly Season

Estranha Silly Season

O mês de agosto era o mês de “ir a banhos”. Era também a época do ano em que os jornais se enchiam de histórias banais e relatos de atividades frívolas, especialmente relacionados com política. E agora?

O meu mundo VUCA

O meu mundo VUCA

VUCA ('Volatility', 'Uncertainty', 'Complexity' e 'Ambiguity'). Trata-se de uma sigla criada por dois economistas, Warren Bennis e Burt Nanus, em meados dos anos 80.

Ah, pois e tal… a estratégia

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Há dias precisei de procurar um documento cujo nome começava pela palavra “Estratégia”.

Resiliência 22

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Para algumas pessoas, as resoluções de ano novo são revigorantes e empreendedoras. Para outras, porém, serão absolutamente inúteis.

Criatividade e Inovação
Foto: Unsplash

Criatividade e Inovação nos “Lugares” certos

Este é o último “Delírio de Opinião” de 2021, um ano incrivelmente difícil para muitas pessoas.

The Matrix: Resurrections, um dos filmes mais aguardados pelos fãs em toda a história do cinema.

A ressurreição de Matrix

"Até lá, pergunto a todos os que chegaram até aqui neste “delírio”: Que pilula optarão por tomar hoje? Vermelha ou azul?" – por Augusto Balça

O saber não ocupa lugar
Foto: Augusto Balça

Saber não ocupa lugar!

Num mundo cada vez mais globalizado, todos somos agentes da mudança. Mas, acima de tudo, somos cada vez mais responsáveis pela mudança que acontece connosco e sobre os destinos das nossas vidas.

Cidades e lugares
Foto: Augusto Balça

Cidades e Lugares

Até 12 de novembro encontra-se a decorrer, em Glasgow, no Reino Unido, a 26.ª Conferência das Nações Unidas para a Mudança do Clima (COP26).

Fotografar (não) é proibido!
Foto: Augusto Balça

Fotografar (não) é proibido!

Mas, neste “delírio”, vou desviar-me para outra literacia, cuja carência parece ser clara em muitas situações quotidianas. Refiro-me à Literacia Jurídica e, em particular, à questão do registo de imagens no espaço público.

O mundo parou?
Foto: Augusto Balça

O mundo parou?

A pergunta parece enigmática. Mas a resposta é simples: claro que não!

O primeiro dia
Foto: Augusto Balça (ilustração)

O primeiro dia

Hoje pode bem ser, para muitos, o primeiro dia do resto das nossas vidas.

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